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Especialidade Relacionada com a Natureza - CONCHAS E MOLUSCOS
Clube de Desbravadores Pérola Negra

CONCHAS

1. Identificar em conchas, fotografias ou figuras os seguintes: Manto, Bisso, Rádula, Válvula, Linha dorsal, Vértice, Opérculo e Canal.
2 - Todas as conchas podem ser encontradas nas praias? Onde podem ser encontradas? Que áreas do mundo oferecem maior variedade de conchas?
3 - Descrever o movimento de conchas de um lugar para o outro.
4 - Como os animais que vivem em conchas se protegem?
5 - Como são feitas as conchas, e de que material são feitas?
6 - Listar e explicar cinco utilidades das conchas para o homem.
7 - Explicar os termos univalve e bivalve, em relação às conchas.
8 - Mencionar, em termos comuns, cinco diferentes classes de conchas, e ter pelo menos uma de cada classe em sua coleção.
9 - Fazer uma coleção de 20 conhas diferentes, e explicar onde cada uma delas é encontrada, quando chegou às suas mãos, e classificar cada uma.
10 - De onde vêm as pérolas? Que incrível lição a pérola nos ensina? (Leia Parábolas de Jesus, pág.115-118).
11 - Quais dos textos Bíblicos abaixo nos falam que:
a) As criaturas aquáticas foram criadas no quinto dia.
b) A quantidade de criaturas aquáticas é inumerável.
c) As criaturas das águas perecem fora da água.
d) Jó considerava os corais de grande valor.
e) Salomão tinha conhecimento sobre vida marinha.
f) Jesus usou um produto de conchas duas vezes para ensair uma lição espiritual.
g) Uma mulher de negócios vendia as famosas tintas de cor púrpura, retirada do múrice de conchas do Mar Mediterrâneo.
h) Paulo condenava o uso de pérolas.
i) Moluscos não são apropriados para se comer.
j) As doze portas da Cidade Santa são doze pérolas.
12 - Leia os seguintes textos e faça uma reflexão sobre cada um deles.
Levíticos 11: 9-10; Atos 16:14; Isaías 50:2; Apocalipse 21:21; I Timóteo 2:9; Gênesis 1: 20-21; I Reis 4:33; Salmos 104:25; Mateus 7:6; 13:45 e 46 e Jó 28:18.

MOLUSCOS
Este grande grupo, o segundo maior grupo de animais em número de espécies, reúne animais de corpo mole, simetria bilateral frequente, não segmentados, cobertos por um manto delgado que, na maioria das formas, segrega uma concha calcária dura que protege seus corpos. A concha é uma característica marcante da maioria dos moluscos. Nas lesmas e nos polvos, ela está ausente. Nas lulas, é pequena e interna. O pé é a estrutura muscular mais desenvolvida dos moluscos. Com ele, podem se deslocar, cavar, nadar ou capturar suas presas. O restante dos órgãos está na massa visceral. Nela, estão os sistemas digestivo, excretor, nervoso e reprodutor. Ao redor da massa visceral, está o manto, responsável pela produção da concha. Entre a massa visceral e o manto, há uma câmara chamada cavidade do manto. Nos moluscos aquáticos, essa cavidade é ocupada pela água que banha as brânquias, nos terrestres, é cheia de ar e ricamente vascularizada, funcionando como órgão de trocas gasosas, análoga a um pulmão. A cabeça ocupa posição anterior, onde abre-se a boca, entrada do tubo digestivo. Muitas estruturas sensoriais também localizam-se na cabeça, como os olhos. Sensores químicos também estão presentes nos moluscos e permitem pressentir a aproximação de inimigos naturais, quando o molusco rapidamente fecha sua concha, colocando-se protegido.

Os moluscos são extremamente importantes na economia de muitos países, como fonte de alimento rico em proteínas, sendo coletados diretamente da natureza ou mesmo cultivados. Em muitos países, possibilitam até a existência de uma indústria de pérolas e de adornos de madrepérola. Apresentam interesse médico-sanitário, pois muitas espécies são vetores de doenças, enquanto outras, aparentemente, podem ser usadas no controle destas.

CARACOL (Helix aspersa)
Características – molusco terrestre, de concha relativamente fina, que não deve ser confundido com o caramujo (concha mais grossa e de ambiente aquático). Mede entre 28 e 35 mm e pesa em torno de 8 a 12 g. A concha não possui umbigo. Também conhecido como escargot ou Petit Gris.
Habitat – áreas úmidas com muita vegetação e hortas.
Ocorrência – é originário dos países mediterrânicos.
Hábitos – é capaz de absorver ou rejeitar água através dos poros da sua pele. Em função disso, o animal rege a sua atividade, hibernando-se quando a temperatura for inferior a 5ºC e morre se descer abaixo dos 0ºC. O seu período de atividade máxima é à noite.
Alimentação – herbívoros
Reprodução – O ritual de acasalamento dura cerca de 10 horas e pode ocorrer várias vezes. O período que decorre desde o acasalamento até à desova varia conforme a temperatura, mas ronda os 15 dias. Para pôr os ovos, o caracol escava um buraco na terra com 3 a 4 cm de profundidade, no qual introduz a parte anterior do seu corpo. Cada postura dura várias horas e o caracol põe entre 60 e 150 ovos com 4 mm de diâmetro. Em seguida, o caracol cobre o buraco, iniciando-se a fase de incubação (14 a 30 dias, de acordo com a temperatura). Quando se dá a eclosão dos ovos, o caracol nasce já formado, com uma casca de 3 mm e pesa em média 27 mg. Fica no seu "ninho" durante alguns dias, alimentando-se dos resíduos orgânicos e dos restos dos ovos.
Predadores naturais – ratos e as lagartixas, sapos, aves, alguns insetos e ácaros.
Ameaças – além da temperatura outros fatores influenciam diretamente na vida dos caracóis. A umidade é de importância vital para a sobrevivência e desenvolvimento do escargot. A exposição direta ao sol é fatal, por outro lado a escuridão é prejudicial e se for duradoura é fatal. Portanto deve haver um equilíbrio. O solo ideal para o escargot é neutro e de formação calcárea. A exposição ao vento é extremamente prejudicial graças ao seu tecido corpóreo que é muito vulnerável; da mesma forma que a exposição à poeira, provocando seu ressecamento.

CARAMUJO (Biomphalaria glabrata)
Características – é pulmonado. É hospedeiro do verme parasito Schistosoma mansoni, causador da doença chamada esquistossomose, introduzido no Brasil colônia por africanos. Este parasito encontrou alta suscetibilidade por parte de Biomphalaria glabrata sendo, portanto, o mais importante transmissor da doença. concha espiral em um plano, forma característica da qual o nome da família foi derivado. Mede de 3 a 4 cm de diâmetro e apresenta uma depressão central em cada face da concha amarronzada.
Habitat – ambientes dulciaquícolas, principalmente em canais e valas de irrigação e em pequenos cursos de água.
Ocorrência – sudeste da Bahia, norte do Espírito Santo e centro-leste de Minas Gerais. Ocorrem em menor número nas zonas quentes e úmidas de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pará, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Há notícias de que recentemente foram introduzidos em algumas regiões dos Estados Unidos.
Hábitos – pode colonizar grande rios e lagoas, mas a correnteza e pequenas ondas formadas pelos ventos dificultam sua vida nestes locais.
Alimentação – herbívoro. Alimentam-se de algas finas de água doce, tais como as algas-pardas, e das partes macias das plantas vasculares aquáticas.
Reprodução – é hermafrodita e dispõe de ao menos quatro opções de reprodução: (1) autofecundação, (2) fecundação cruzada, (3) transferência de certa quantidade de seus espermetazóides a um parceiro e (4) fertilização dos óvulos de um parceiro com espermatozóides recebidos de outro. Dezenas de ovos envolvidos por uma capa protetora são depositados sob as folhas de plantas aquáticas, geralmente à noite. O desenvolvimento é direto.

COQUILLE SAINT JACQUES (Nodipecten nodosus)
Características – é nativa do litoral brasileiro, e apresenta um grande potencial para cultivo, devido ao grande tamanho, rápido crescimento e alto valor de mercado, além do suave e requintado sabor que faz dessa espécie uma rara iguaria. É a espécie mais cultivada no Brasil atualmente.
Habitat – mares
Ocorrência – litoral brasileiro
Alimentação – filtrador (plâncton)
Predadores naturais – búzios, peixes, moluscos, cracas.
Ameaças – poluição, destruição do habitat, pesca predatória e roubo nas unidades de produção.
LESMA DO MAR (Aplysia dactylomela)
Características – apresentam brânquias na parte posterior do corpo. Têm cabeça bem desenvolvida, provida de um ou dois pares de tentáculos. Podem apresentar uma concha interna e uma cavidade posterior reduzida, onde se encontram as brânquias (cavidade paleal) ou não apresentar concha nem cavidade paleal, tendo as brânquias expostas. Tem simetria bilateral e tamanho próximo a 15 cm de comprimento. Apresenta cabeça com dois pares de tentáculos. Sua cor é amarelo-esverdeada, com manchas negras esparsas. A concha desta espécie apresenta tamanho reduzido e não é visível externamente pois é encoberta por uma dobra delgada da epiderme, denominada manto.
Habitat – mares
Ocorrência – no Brasil, ocorre de Fortaleza a São Paulo.
Hábitos – moluscos marinhos adaptados à vida em todos os tipos de fundos ou na massa d'água. bentônica, ou seja,vive associada ao substrato onde rasteja, mas também pode nadar com projeções do pé (parapódios). Na época de desova são encontradas na zona entre-marés, associadas com algas marinhas, que lhes servem de proteção e alimento. São animais lentos e de fácil captura mas, em situações de ameaça, eliminam um líquido púrpura, que facilita sua fuga.
Alimentação – herbívora, alimentando-se de algas, sobretudo do gênero Ulva (alface-do-mar).
Reprodução – hermafrodita, e sua cópula promove troca mútua de espermatozóides. Os ovos são depositados dentro de cordões gelatinosos amarelos, que ficam presos entre as algas ou em outro substrato e o desenvolvimento é direto.
Ameaças – poluição e destruição do habitat.

LULA (Loligo vulgaris)
Características – corpo alongado. O comprimento do corpo dos machos é de aproximadamente 35 cm, podendo chegar a 50 cm, e o das fêmeas, 22 cm. Cabeça com dois grandes olhos, situados lateralmente, boca central rodeada por tentáculos ou braços, estes constituem 5 pares, sendo e menores mais grossos com numerosas ventosas no lado interno. Os dois tentáculos restantes são bem mais longos, apresentando ventosas apenas nas extremidades dilatadas.
Habitat – mares, raramente encontrada perto da costa
Ocorrência – toda a costa brasileira
Hábitos – pelágica. Emite jatos de tinta, como os demais cefalópodes, quando provocada, obscurecendo o meio e dificultando a ação de predadores. Deslocam-se rastejando ou nadando. A água utilizada para respiração penetra na cavidade paleal através de uma abertura situada entre o manto e o corpo na região do pescoço.
Alimentação – carnívoros, principalmente peixes e crustáceos. Lançam os tentáculos sobre a vítima, agarrando-a com rapidez e colocando-a naquele ninho de braços, matam-na com o poderoso bico de papagaio que fica no centro.
Reprodução - são dióicas, ou seja, cada indivíduo produz apenas um tipo de gameta (espermatozóide ou óvulo). A fecundação pode ser interna, na cavidade paleal, ou externa, mas sempre há cópula. Durante a cópula o hectocótilo transfere os espermatozóides envoltos em uma cápsula gelatinosa (espermatóforo) para a cavidade paleal da fêmea. O desenvolvimento é externo e direto, ou seja, do ovo surge um novo indivíduo semelhante ao adulto.
Ameaças – pesca predatória e poluição.

MEXILHÃO (Perna perna)
Características – molusco marinho, comestível, que atinge 5,5 cm de comprimento, bivalve, com duas conchas alongadas, de coloração escura e nuances azuladas metálicas. O manto é o tecido que reveste internamente a concha do animal, delimitando um espaço vazio interno onde estão os órgãos. O conjunto de fibras de escloroproteína que fixa os mexilhões ao substrato e permite a permanência do animal mesmo em presença de fortes ondas é denominado "bisso".
Habitat – região entre-marés (do supralitoral inferior até profundidades de 19 metros).
Ocorrência – em toda a costa brasileira
Hábitos – fixa-se a rochas ou qualquer estrutura dura (sólida) imersa.
Alimentação – são organismos filtradores por excelência. Sua dieta é constituída por algas microscópicas (fitoplâncton), e por outros tipos de material orgânico particulado e dissolvido. Na sua alimentação, os mexilhões utilizam as brânquias, mesmas estruturas utilizadas para a respiração. As brânquias são formadas por dois pares paralelos de lâminas, compostas por estruturas filamentosas ciliadas, que se estendem da região anterior a partir da boca até a região posterior do corpo. Nelas as partículas são capturadas por um material mucilaginoso que envolve as próprias brânquias e, pelo movimento de cílios são direcionadas em "calhas" até a boca.
Reprodução – O ciclo sexual do mexilhões pode, através do aspecto e coloração, ser observado e diferenciado em 3 estádios: Estádio I - animais imaturos, folículos das gônadas pouco desenvolvidos e manto incolor; Estádio II - animais em maturação, folículos já visíveis permitindo a observação da cor do manto diferenciando o branco dos machos do salmão das fêmeas; Estádio III - animais maturos. Cerca de 6 horas após a fecundação, são formadas as larvas trocóforas com 45 micrômetros de tamanho (0,045 mm). Depois de 24 horas a larva se transforma numa larva do tipo véliger ou larva "D", com cerca de 115 micrômetros (0,115 mm), seguida por uma veliconcha de 175 micrômetros (0,175 mm). Após 37 dias, esta larva passa para o estágio de pedivéliger (com vélum e pé), quando possuem fototropismo negativo e geotropismo positivo, procurando um local adequado para sua fixação.
Predadores naturais – o “buzo” ou “búzio” Stramonita (=Thais) haemastoma e o "caramujo-peludo" Cymatium parthenopeum parthenopeum, diferentes estrelas-do-mar e o siri Callinectes danae. O verme da família Bucephalidae, na sua fase de cercária, ocorre no manto de mexilhões, comprometendo o desenvolvimento dos gametas e consequentemente a produção.
Ameaças – poluição e destruição de bancos naturais pela coleta predatória.

OSTRA DO MANGUE (Crassostrea rhizophorae)
Características – também conhecida como ostra nativa, possui a concha com duas valvas irregulares e ásperas. Tem cor cinzenta e comprimento máximo de cerca de 10 a 12 cm de concha. Vem sendo muito utilizada na maricultura.
Habitat – estuários e mangues
Ocorrência – do Caribe até Santa Catarina.
Hábitos – estuarinas que se fixam nas raízes de mangue, tipicamente nas raízes aéreas do mangue vermelho (Rhizophora mangle), podendo formar agregados submersos (bancos). Suportam variedade de salinidade e amplitude de maré.
Alimentação – organismo filtrador, que se alimenta principalmente de fitoplâncton.
Reprodução – sexos separados , com picos de reprodução nos meses de março e outubro. Podem apresentar inversão sexual.
Predadores naturais – pequenos caranguejos da família Porcellanidae e, principalmente, os platelmintos dos gêneros Stylocus e Pseudostylochus , conhecidos popularmente como planária ou lesma do mar. Os gastrópodes Thais (Stramonita) haemastoma e Cymatium parthenopeum parthenopeum, conhecidos popularmente como buzo e caramujo peludo, respectivamente, também causam mortalidades expressivas nas ostras juvenis e adultas. O siri azul Callinectes sapidus preda as ostras quebrando as conchas com auxílio de suas quelas (garras). As estrelas-do-mar atacam as ostras abrindo as valvas com auxílio de seus braços. Alguns peixes da família Scianidea (Pogonias chromis), o baiacú (Spheroides testudineus) e os sargos (Arcosargus probatocephalus) apresentam o hábito de se alimentar de mexilhões, podendo também atacar as ostras.
Ameaças – poluição, destruição de bancos naturais pela cata predatódia, destruição do habitat e roubo nas unidades de produção.

OSTRA JAPONESA (Crassostrea gigas)
Características – é a principal espécie de ostra cultivada no litoral brasileiro. O corpo mole, protegido externamente por uma concha, que apresenta duas valvas: a valva superior ou direita, que é plana; e a valva inferior ou esquerda, que é levemente côncava ou abaulada. A junção entre as duas valvas é feita com auxílio do músculo adutor e também através de um ligamento situado na região posterior. Esta concha é constituída principalmente por carbonato de cálcio, que é retirado diretamente da água do mar com auxílio de células especializadas localizadas no manto.
Habitat – no Brasil, como é uma espécie cultivada, a ostra é encontrada em ambientes estuarinos, ao longo de baías, sempre longe da poluição.
Ocorrência – litoral do sudeste e sul do Brasil. É uma espécie exótica com origem no Japão.
Hábitos – estuarinos
Alimentação – são organismos filtrantes, alimentando-se de microalgas e matéria orgânica particulada. Os valores de filtração de cada ostra geralmente ficam em torno de 5 a 25 litros/hora.
Reprodução – são organismos dióicos, ou seja, apresentam o sexo separado. Porém, externamente, não é possível diferenciar o macho da fêmea, pois ambos apresentam a gônada (órgão sexual masculino ou feminino) com a mesma coloração. A diferenciação sexual somente é possível através de raspagem da gônada e análise do material em microscópio, pois os ovócitos apresentam o formato arredondado e os espermatozóides se mostram como uma massa compacta.
Predadores naturais – pequenos caranguejos da família Porcellanidae e a lesma do mar. Os gastrópodes Thais (Stramonita) haemastoma e Cymatium parthenopeum parthenopeum , conhecidos popularmente como buzo e caramujo peludo, o siri azul Callinectes sapidus, as estrelas-do-mar, alguns peixes da família Scianidea (Pogonias chromis), o baiacú (Spheroides testudineus) e os sargos (Arcosargus probatocephalus) e os organismos competidores como cracas, ascídeas e esponjas.
Ameaças – poluição e roubo nas unidades de produção.

POLVO (Octopus vulgaris)
Características – molusco marinho com grande cabeça que abriga um cérebro desenvolvido, além de oito braços, cada um provido de duas fileiras de ventosas. Olhos grandes e complexos, dotados de cristalino, o que proporciona uma visão bastante aguçada. Pode atingir um tamanho de até 1 m de comprimento. Pode assumir diversas colorações, mimetizando-se de maneira bem rápida no meio ambiente.
Habitat – mares
Ocorrência – águas tropicais e temperadas de todo o mundo.
Hábitos – passam grande parte de sua vida escondidos em uma toca natural entre as rochas ou escombros. Quando atacado ou quando se sente em perigo, o polvo aspira uma grande quantidade de água e expele-a logo em seguida por um sifão, que funciona como uma turbina, e que permite que o polvo fuja em grande velocidade. Esta fuga é geralmente oculta por uma nuvem de tinta. A substância expelida pelo polvo para defender-se é de coloração escura. Tem a faculdade de eriçar a pele, que é ordinariamente lisa, apresentando agudos aguilhões sendo que, inofensivos, não passam de perfeitas simulações.
Alimentação – carnívoro, alimentando-se de moluscos, peixes e crustáceos, sobretudo lagostas e caranguejos. Para se alimentar, se utiliza de duas técnicas: atrair sua vítima movendo a ponta de um de seus braços como se fosse um verme, ou aproximar-se da vítima deslizando-se calmamente para, de súbito, agarrar sua preza com seus tentáculos e matá-la com suas fortes dentadas.
Reprodução – um macho interessado em acasalar-se aproxima-se o suficiente de uma fêmea para que, ao alargar um braço modificado, o hectocótilo, consiga tocá-la. Este braço possui um sulco profundo por entre as duas fileiras de ventosas e termina em um extremo em forma de colher. Passado um período de cortejo, o polvo macho insere seu braço no manto da fêmea e os espermatozóides por ele produzidos descem pelo sulco do braço modificado até o oviduto da fêmea. Pouco depois do acasalamento, a fêmea começa a depositar os ovos fecundados em sua toca. Um polvo fêmea produz em duas semanas aproximadamente cento e cinqüenta mil ovos, cada um deles envolto por uma cápsula transparente. Pelos 50 dias seguintes, a fêmea protege os ovos depositados lançando-lhes jatos de água para aerá-los e limpá-los. As crias nascem com apenas 3 cm de comprimento. Flutuam até a superfície e passam a integrar o chamado plâncton durante quase um mês. Passado este período, os pequenos polvos voltam a submergir e iniciam sua vida normal no fundo. Geralmente, os polvos adultos permanecem em uma zona determinada.
Predadores naturais – peixes como as moréias.
Ameaças – pesca predatória e poluição

SÉPIA DO ATLÂNTICO (Sepia officinalis)
Características – molusco não raro, comestível e de bom sabor, sendo pescado em anzol e, mais comumente, no arrasto. Tem oito "braços" e dois tentáculos distribuídos em torno da cabeça, todos providos de ventosas. Atinge 30 cm de comprimento. Corpo relativamente largo e um quanto achatado, de forma que em secção transversal é oval. Afunilado na face inferior perto da cabeça. Barbatanas pares estendem-se da cabeça até à extremidade do corpo. Coloração muito variável, podendo ir do preto ou castanho, estriado ou pontuado por cima, descorado ou branco por baixo. No interior de seu corpo existe uma concha calcária que serve de esqueleto. Essa concha possui câmaras que se enchem de gás ou esvaziam a fim de regular a flutuabilidade.
Habitat – infralitoral, sobre a areia, em baías e estuários, por vezes entre ervas-do-mar.
Ocorrência – em todo o litoral do Brasil.
Hábitos – expele líquido negro turvando a água e ocultando-se assim dos seus inimigos. Durante séculos sua tinta forneceu o pigmento sépia dos pintores. Capaz de mudar a cor rapidamente, especialmente quando ameaçados, podendo também adotar a cor ao padrão do ambiente que o rodeia.
Predadores naturais – gaivota
Ameaças – pesca predatória e poluição.

Lembre-se que o PRINCIPAL produto das conchas são as PÉROLAS, e uma das mais raras é a NEGRA.

Um abraço,

Diretoria