Idosos que vivem com pets apresentam batimentos cardíacos melhores. Hipótese é que os bichos aliviam o estresse
Reuters
15/02/2012 13:17
Donos de animais com doenças crônicas podem ter o coração mais saudável do que as pessoas que vivem sem a companhia de um pet. De acordo com um estudo japonês, os benefícios são trazidos pelos cachorros, peixes, gatos ou pássaros.
Então, "Faça do seu cachorro um personal trainer", rs.
As descobertas foram publicadas no American Journal of Cardiology. Os pesquisadores constataram que entre os donos de animais há mais variabilidade cardíaca, condição que permite ao coração se adequar melhor a situações estressantes, que exigem batimentos cardíacos mais rápidos.
A maior variabilidade também protege mais contra mortes por doenças cardiovasculares.
“Entre os pacientes com doença arterial coronariana que têm pets, detectamos uma sobrevida de um ano a mais quando comparada a dos que não têm bichos”, escreveu o principal autor do estudo, Naoko Aiba, da Universidade de Kitasato, próxima a Tóquio.
Para o estudo, 191 pessoas com diabetes, pressão arterial alta e colesterol desregulado foram acompanhadas por 24 horas, por meio de um monitor dos batimentos cardíacos. As idades variaram entre 60 e 80 anos. Eles também responderam questionários sobre as atividades físicas e alimentação.
Hábitos ruins no final de semana podem alterar ritmo cardíaco - Os hábitos de vida foram semelhantes tanto no grupo que tinha animais quanto no do sem pets. Porém, na primeira turma, 5% dos batimentos cardíacos variavam 50 milésimos de segundo entre uma batida e outra. Já entre os sem pets, esta taxa foi de 2,5%, o que indica que os corações apresentaram menos variações no ritmo.
Não se sabe o que causa esta diferença entre os dois grupos. O motivo pode ser o próprio pet ou mesmo as diferenças quem já existem entre aqueles que escolhem animais e aqueles que não querem ter um bicho.
"Meu palpite é que os animais dão apoio social, reduzem o estresse e ainda satisfazem a necessidade de companhia ", afirmou Judith Siegel, da Faculdade de Saúde Pública da UCLA, que não participou do estudo.
"Eu não avalio que ninguém tenha uma boa resposta sobre os motivos destas diferenças entre os dois grupos”, completou.
Os autores do estudo japonês ressaltaram que eles acompanharam os participantes por apenas 24 horas e que outros fatores ainda precisam ser levados em conta, como o potencial de interferência de diferentes animais.
Mas Erika Friedmann, da Escola de Enfermagem da Universidade de Maryland, acredita que o estudo dá mais um passo em algo já conhecido: existe ligação entre ter um pet e a saúde cardíaca. "Nós estamos entrando na vida cotidiana das pessoas e isso é emocionante”, acredita ela que também não participou desta pesquisa.
Um abraço,
Sidney
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